Os lábios etéreos da solitude...
Os lábios etéreos da solitude,
Que me beijaram nesses recantos,
Partiram mudos com o vento rude,
Para mim deixaram os seus encantos.
Tombam as pétalas na finitude,
E dos olhos as lágrimas em prantos...
O nebuloso céu que vos ilude
Inda trazes-me luares e quebrantos...
Andam comigo brancas como rosas
As horas dos ocasos macilentas
Rezando Padre-Nossos vagarosas...
Soluçam mágoas esses solares,
Enquanto árias nas brumas sonolentas
Se perdem pelos mundos constelares...