CRIANÇAS SEM DIGITAIS
Nas mãos das crianças, o óleo corrosivo
da castanha de caju deixa marcas profundas,
perdendo as digitais, o impacto é abrasivo,
trabalho infantil que persiste em terras fecundas.
No Rio Grande do Norte, denúncias não resolvem,
os desafios são grandes, a situação é triste,
é preciso retirar as crianças, o problema envolve
adolescentes e jovens, a evasão escolar insiste.
O trabalho informal, precário e cruel,
relacionado à falta de oportunidades,
segue assolando a infância, é um flagelo de fel.
Que possamos lutar por mais dignidade,
por um futuro sem violência, sem apelo,
onde a infância seja protegida de verdade.