INHOS

Não tratemos os não saudáveis como coitadinhos,

Que bem lhes basta a doença, e uns, já velhinhos,

Por velhos os deveis tratar, co honra, parcimónia,

Como se todos celebrássemos uma grande vitória.

Assim com os pobres, em nada são pobrezinhos,

Porque esse estigma então, de vários caminhos?

E os cegos não são ceguinhos, diz-nos a história

Mas pessoas, que, como nós, guardam memória.

Dizemos: lá vai, o aleijadinho! que forma tão cruel

E rude de se tratar a outra pessoa, que como nós,

A si próprio e à sua vida, mais não faz que ser fiel.

Todos temos nossa dignidade, e, com bom afinco,

Fazendo das fraquezas, forças e apertando o cós,

Abriremos o portão pudico, unido com velho trinco.

Jorge Humberto

22/12/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 04/01/2008
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