A JACTÂNCIA E A ARROGÂCIA

Trazei, até mim, essa impura, jactância,

Prendei-a, e à gabarolice, à arrogância,

E jogai fora, as chaves, do férreo algoz

Que a fará gritar, a veros urros, o atroz

Bramido, que agora já sem importância,

Mais se parece, com a dúctil elegância,

Com que o povo saindo à rua, em feroz

Altitude, é a sobreposição de todos nós.

E, assim, com essas néscias, criaturas,

Suspensas, no cimo desta viril enxovia,

Retiraremos do corpo pesadas alvuras,

Acordados que aí ficamos para prender

Esses dois meliantes, de noite e de dia,

Para que possamos, no reinado lá viver.

Jorge Humberto

24/12/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 04/01/2008
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