O arvoredo
(A Rubens Franco)
Na penumbra fria deste arvoredo,
Outrora floriram meus dissabores,
Ao som do tempo, velho citaredo,
Murcharam lentos como brancas flores...
Aqui seguiste-me nesses verdores,
De mãos unidas e semblante ledo,
Uma lembrança com os teus olores
Toda vestida com canções de medo.
Toda vestida de auroras, levavas
As noites áureas de luar sereno
E as névoas que nos vales encontravas...
Os lírios pelo caminho se olhavam,
Tocava-me à face um vento ameno,
E as folhas no arvoredo balançavam...