O arvoredo

(A Rubens Franco)

Na penumbra fria deste arvoredo,

Outrora floriram meus dissabores,

Ao som do tempo, velho citaredo,

Murcharam lentos como brancas flores...

Aqui seguiste-me nesses verdores,

De mãos unidas e semblante ledo,

Uma lembrança com os teus olores

Toda vestida com canções de medo.

Toda vestida de auroras, levavas

As noites áureas de luar sereno

E as névoas que nos vales encontravas...

Os lírios pelo caminho se olhavam,

Tocava-me à face um vento ameno,

E as folhas no arvoredo balançavam...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 29/03/2024
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