Magia

A rosa viva, púrpura, nascida

na eterna meia-noite das saudades,

se morre a cada rude despedida,

em todas elas ousa sonhos jades.

Suspira seus desejos entre as grades

das lágrimas de sal e não duvida

que doura as suas tantas frialdades

no espelho de onde verte fogo e vida.

Ao fim da noite, quando vence a morte,

agita as asas, rompe o vil casulo

e veste-se do sonho violeta!

Arrisca um voo e então inspira forte

e ardentemente... o medo agora é nulo...

além de ausências voa... É borboleta!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 17/04/2024
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