Minha essência insipida, apagada
Minha essência insipida, apagada
Maculada, subsiste em agonia
Definhando lentamente em letargia
Tão íntimo das formas descarnadas
E vasculhando velhas fotografias
Arruinadas, pelo tempo desbotadas
Tal um fantasma, eu não sinto nada
Meus dias são de infinda apatia
Em lamento me volto aos sonetos
E oculto do dia os meus esqueletos
Sob a ação do esvaecimento
Nenhuma oração me acalma...
...em que momento eu perdi minha alma ?
Por que meus dias sempre são cinzentos ?