Alma torturada

Ó alma bela e triste e saltitante,

que cumpre triste sina solitária,

padecendo por ser a carcerária

de uma existência fria e destoante.

Em seu peito essa dor se fez constante,

tomada pela mácula adversária,

onde jaz a alegria imaginária,

— que sina vil, que chaga torturante!

Agora que lhe resta a aceitação

da sua própria crucificação,

no tão menosprezível abandono.

De sonhos vagos, queixas esquecidas,

onde terá as lágrimas vertidas,

senão sobre um leito em profundo sono...?!

Alexandre Toledo
Enviado por Alexandre Toledo em 24/04/2024
Reeditado em 25/04/2024
Código do texto: T8048717
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