SONETO PARA MINHA SEGUNDA MÃE

Minha primeira mãe pouco viveu.

Nem tive tempo de formar lembranças,

Talvez por isso inveje outras crianças,

Que tiveram mais sorte do que eu.

Uma tia em seu colo me acolheu,

E de corpo e alma entrou na dança.

Logo aprendeu que tal tarefa cansa,

Mesmo assim com amor me recebeu.

Uma santa a minha tia Chiquinha,

Difícil outra tia como a minha,

Que agora se encontra lá no céu.

Na terra não casou, nem teve idílios,

Portanto, por aqui não teve filhos,

Mas cumpriu muito bem o seu papel.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 16/05/2024
Reeditado em 16/05/2024
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