soneto: Coisas do Coração

A alma é a fluidez do que é vivo

a carne apenas pede e maltrata

Não faça da boca uma matraca

siga apenas o poder do cognitivo

O homem dos seres é o mais cativo

que morre, mas também mata

é afeito a tantas cascatas

e é na natureza o ser mais nocivo

Corro da minha imagem no espelho

e que ninguém meta o bedelho

afinal eu não me suporto não

Eu falo a verdade e mantenho a calma

prendem meu corpo, mas não minha alma

só escrevo coisas que sinto no meu coração