Soneto: Amor Silencioso

Em olhares furtivos, laços escondidos,

Um amor floresce, tímido e sem voz,

Entre a moça e o patrão, em corações divididos,

Onde a paixão se cala, presa à dor.

Ela, admira-o em sua força e sabedoria,

No modo como comanda, guia e inspira,

Mas teme a represália, a mágoa e a hipocrisia,

Se ousar revelar a chama que a consome e a mira.

Ele, por sua vez, sente a chama em seu interior,

Na doçura do sorriso, no meigo olhar,

Mas a responsabilidade o prende à dor da paixão,

E o medo de macular a imagem, de um bom patrão.

Assim, ambos sofrem em silêncio, em vão,

Prisioneiros de um amor sem nome e sem chão.

Joilson Remanso
Enviado por Joilson Remanso em 23/05/2024
Código do texto: T8069546
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