SONETO DA SOLIDÃO
Caminho. Procuro minha estrada
Vejo esperança no sol nascente
Tenho companhia até seu poente
Depois solidão, noite e madrugada
Neste oceano, preciso de enseada
Para afagar minh’alma carente
Amor é a palavra não-falada
E solidão, câncer onipresente
Vivo para amar, e amar é declarar-se
Escrevo e declaro-me sem disfarce
Ainda que um amor a mim não apareça
Pois os sentidos são a essência da inspiração
Quando na ausência de uma paixão
Contento-me apenas com a natureza