SONETO DA SOLIDÃO

Caminho. Procuro minha estrada

Vejo esperança no sol nascente

Tenho companhia até seu poente

Depois solidão, noite e madrugada

Neste oceano, preciso de enseada

Para afagar minh’alma carente

Amor é a palavra não-falada

E solidão, câncer onipresente

Vivo para amar, e amar é declarar-se

Escrevo e declaro-me sem disfarce

Ainda que um amor a mim não apareça

Pois os sentidos são a essência da inspiração

Quando na ausência de uma paixão

Contento-me apenas com a natureza

Cláudio Theron
Enviado por Cláudio Theron em 08/01/2008
Reeditado em 09/01/2008
Código do texto: T808092
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