"Diga-me".
Diga-me que não é verdade.
Afirme:... - falei, sim, mas sem pensar.
Implore:... - somente quero é te amar,
Se esta é, ainda, a nossa crassa realidade.
Joga-me, mais uma vez, este te laço,
E verás aquilo que jamais se conta,
Um ser humano que aos teus pés demonta,
Preso ao calor infame dos teus braços.
Diga-me, pois sei - não é verdade,
O que falaste diante da historicidade,
Do ser humano é a saga insana.
Diga-me e eu irei além, bem mais além,
Porque sem tu já não sou eu ninguém,
Que na agonia a morte clama.