O POETA  E  A  MADRUGADA

 

 

 

Sem ter sentido para o materialista,

Pela noite segue a poesia, luminada

Pelos raios do universo. É o poeta o avalista

Do efeito dessa mensagem condensada,

 

E à excêntrica maneira, faz-se analista

Atento da sua atitude, e repassada,

É posta à prova, e põe-se o poeta como o artista

Mostrando a sanidade da madrugada...

 

Questiona, assim mesmo, a emoção calculista

Da validade que faz a mão enrugada,

O sono que vem só depois que rabisca

 

Seus versos, código e mensagem captada,

Publicada sem orgulho exclusivista...

Relê a poesia e sorri de alegria do nada.


                 









José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 10/01/2008
Código do texto: T810871
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