Quem realmente sou ?

Agora é tarde para novo rumo

Tudo parece tão distante, diferente

Eu oculta em papel de consumo

Personagem sem vida, indiferente.

Como houvesse duas dentro de mim,

Nenhuma com face, alma ou fantasias,

Perdida numa linha, poesia sem fim,

Sem saber por onde andam as magias.

Como se tudo não passasse de ficção ,

Exceto o céu e as nuvens onde às vezes imagino ,

Que alguém me segue, me ouve em contemplação.

Ando sem prumo de não saber quem sou ,

Quanto mais sei que não sou quem me penso ,

Nem quem estes versos nas minhas mãos jogou!

11/01/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 12/01/2008
Reeditado em 12/01/2008
Código do texto: T813413