Soneto - "Não Diz!"

Nos versos esquadrinhados

na purpúra vestimenta

ela espera na fútil ausência

com seus corações desenhados.

Em papéis velhos e amarelados

ela, não mais, se orienta

Pele branca - vermelha pimenta!

pelos amores já deixados...

Mais um, mais mil... não sei

não conta a conta porque já contei

foram muitos e não mais ou menos

Ela vai.. Vai! Mas não diz

que o poeta que abarca parede e giz

ainda sonetiza seus mais belos venenos.