As Chuvas de Janeiro
As chuvas de janeiro, nas janelas
De meus poemas ébrios e inconstantes,
Loam os lagos, os rios, os mares
E as lágrimas da minha solidão!...
As nuvens troam... fixam as manhãs,
Lavam as rimas, trôpegas boêmias,
Em minhas mãos reféns dos hieróglifos,
No hiato da loucura co’a paixão...
Ruam as enchentes com meus delírios,
Carreiam e deságuam desamores...
- Adeus! Adeus... Trovas do coração!...
As chuvas de janeiro demasiam,
Vicejam meus campos d’outras poesias,
Inundam meu mar de sofreguidão...
Gigio Jr (Canções – 2008)