Canto!




Canto a maldade retraída
morta e desaparecida na noite
quando a alma cansada e sofrida
liberta-se num febril açoite.

Canto! Um canto que mais parece
um gemido, rasgando o peito
febril, como a flor que fenece
sem que possamos dar jeito.

Canto como cantam as castanholas
as mulheres, madalenas cansadas
que em noites quentes enluaradas

Saem às ruas em finas camisolas
escondendo as faces maltratadas
quando jovens ainda, violentadas!




Uma noite mágica para todos.PAZ!
Imagem do site google
http://portuguesapoesia.blogspot.com/
2006/06/canto.html