Última Madrugada

Oh, meu pequenino Anjo bateu asas;

Seu corpinho gelado na noite triste;

Agora seu Espírito é verdadeira morada;

Habitando um universo sem limites.

Como esquecer o silêncio daquela madrugada;

No corredor vazio do hospital;

Meus braços levavam minha vida;

De roupa branca envolto por um avental.

Olho a cruz, sózinha naquela capela;

Lembro-me de nosso pai que também se foi;

Meu coração sangra na súplica que apela;

Mas que destino cruel que levou meus amores;

Enquanto a saudade teima e não espera;

A Força Divina cicatrizou minhas dores.

Aline Cristina C. de Oliveira

Foca
Enviado por Foca em 04/02/2008
Reeditado em 05/12/2008
Código do texto: T846021