ESSE MAL QUE ME ESPANTA

Fundo mergulho, vou reto no ponto, agora!

penetro em busca da rima perdida, rara...

sonhando esqueço do lombo ferido a espora.

Rezo, confesso, eu me cruzo... Oh! Minha tara!

Mudo de assunto, falo me calo enraiveço,

extraio o perdão, do fundo de mim... Eu sei!

Acuso o primeiro que passa, eu espaireço...

Dobro a esquina torta da vida, onde te amei.

Lembro relembro belos momentos fugazes

Passados,em pleno passado, quase espaço

Escondido em meu peito, que agora refazes.

Choro baixinho o choro que prende a garganta.

Grito um grito quase mudo no meu cansaço,

transformando em amor esse mal que me espanta.