Sou poema...

Queria eu, ser o poema que lhe apetece

Aos olhos fartos e impregnados ao verso.

Ser-te a lembrança que jamais se esquece,

Algo entre o eterno e o pranto confesso.

Mas cá, sou somente rabisco amuado,

Empalidecido pela caneta que o cessou.

Sou rascunho cheio de pontos machucados,

Amante em ser poema que por ti não sou.

Queria eu ser o verso que te encanta

Até mesmo a canção que te embala.

És tu minha Florbela, e me Espanca...

Espanca este ser amor que em ti cala,

Por tanto amor impregnado á garganta,

Sofre a mágoa, em não ter de ti a fala.

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 13/02/2008
Código do texto: T858006