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CHAGAS DE AMOR
(Milla Pereira)
 
Jamais encontrei um amor que me tivesse
De alma, corpo e coração como me tens.
Por vezes penso que esse amor não me convém
Por invadir-me, nessa forma que acontece
 
Quando me abraças e me envolves com teus beijos
O mundo pode se acabar que eu não sinto...
Pois o meu coração sempre estará faminto,
Inebriado pela força do desejo!
 
Não sei por quanto tempo essa chama ativa,
Que me domina e toma todos os sentidos,
Fará de mim esse fantoche escravizado...
 
Envolta nessa teia de amor rebuscado,
Sinto o meu corpo levemente estremecido
Posto que se acha ferido em chaga viva!

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