O TEMPO DE CADA UM
Nos julgamos, dos outros, possuidores do tempo,
De suas coisas e afazeres, sua bem distinta vida,
Esquecendo aqui também, in gran parte indevida,
Que o tempo, é de cada um, sobrando-lhe alento.
Se te esqueces de cumprir com os demais, calas,
Se pelo contrário são os outros que acaso tardam
Logo exigências lhes cumpres: os olhos te ardam
Se assim não é como te digo nestas minhas falas.
Então não cuspas para o ar pode cair-te em cima!
Todos nós temos o nosso próprio ritmo, costumes
Que vêm de trás, e o menino vinha por nós acima.
Temos de aprender a honrar o tempo de cada um,
Dar um nó na nossa prepotência esquecer ciúmes
E, assim, quando não, seremos todos ou nenhum.
Jorge Humberto
09/02/08