(En)Canto Súcubo
Contraria a vontade a presença negada
Ausência dupla; distante em tempo e lugar
Mas é morte falsa, bem sabes que não se apaga
Porquanto tempo passe o sol sob o mar
Minh’alma estremece ante a lembrança cálida
Como pode um eco despertar luxúria?
Serás vós, minha menina pálida
Encarnação de um Súcubo a me deitar loucura?
Não te peço, ousado, que me espere
Se já peco por luxúria não o farei por vaidade
Mas vos rogo, humilde, “Não me esquece!”
Que como o Amaranto, a saudade não se altere
Já que o reencontro é tão fatal quanto a Verdade
Que seja também Belo, como a tua própria face!