Soneto a um Peter Pan

Lá vem você, insistindo no mesmo discurso de tanto tempo,

nele há promessas lindas que encantariam qualquer mulher...

Mas que, rapidamente, tornam-se vazias, sem fundamento.

Pois outra vez você oferece sua Terra do Nunca a quem quiser...

Não há o menor cabimento continuarmos a insistir nessa luta vã

só discutimos e nos desgastamos, pois eu tenho os meus pés no chão

e você usa pensamentos felizes (impossíveis) para voar à Peter Pan...

Você não compreende que palavras precisam transformar-se em ação.

Sinto que foi jogado fora cada minuto que foi em nós investido.

Eu não desejo ser sua Wendy, mãe dos seus meninos perdidos

que estão alojados em sua mente e presos a um conto de fadas...

Eu não preciso de pó de pirlimpimpim para concretizar meus ideais,

eu acredito no meu estudo e no meu trabalho, e sei que sou capaz!

Te amo, Peter! Mas para o meu bem, deixarei as janelas fechadas...