Corrupção e Cartas de Baralho
O jornal de ontem está no de hoje estampado,
pois aceitamos os mesmos fatos nefastos.
Palavras são blefes previsíveis e gastos,
problemas que "não podem" ser interpretados...
Quando o inaceitável é comum cabeçalho,
a culpa é do homem, cabeça-bugiganga:
— Corrupção não passa de carta de baralho,
cedo ou tarde, alguém a esconde na manga.
Se no pôquer roubar é tradição imposta;
na vida é jeitinho-brasileiro, malícia.
Enfim, não se perde quando não se aposta.
Sobre a mesa jornal, cinzas, aguardente,
Cartas espalhadas ocultando a notícia...
Fica tudo como está, é mais conveniente...