Soneto do Poeta Calado

Eu diria: este é meu derradeiro verso.

Quem me sucumbirá a tal afirmação?

Pois o poeta vive da sua versação...

Poesia é estrela nesse louco universo.

Ora, não te entristeças, tu és tolo?

Quem não vê - a poesia é imortal.

Nasce, não morre e vaga no sideral

poesia aquece com amor e ódio - é fogo...

Nem ser vivo ou morto me fará

dar por fim a poesia que escrevo

- morrerei com minha palavras na pena...

E mesmo que eu morra por poeta

não adiantará sucumbir por vaga afirmação

- eu morro e um poeta entra em cena.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 24/02/2008
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T873292
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