Feiticeira (Ouça o áudio disponível)

Que ventos, quais elementos ou de que noite cercada chegou?!

Em que fonte surgiu? Qual água a trouxe para envolver-me assim...

Como pode me aninhar em ti, com os olhos e um gesto apenas me tomou!

Que feitiço é este, que me subjuga de tal forma, em quais cinzas surgiu?

Qual raio a fez chegar, com tal brilho em sua vista, encanta e prende...

Em qual terra nasceu esta feiticeira que me causa o pranto e a sede!

Que desejo é este que me faz segredos aos ouvidos e é ardente

Como o fogo me queima sem ter a lavareda, como pode tal chama?

Tal pragal, de árido trato se faz brasa no ventre e é enchente

Como, as marés de violento achego, sem defesa na breve manhã

Comiseráveis desejos e infausto sonho de rogo infinito tem!

Turbilhão de ensejos, gestos e sorrisos, que engodo me fez; vida!

Arriado e entregue sou de corpo e alma, teu sou para as águas do mar!

Dos mais profundos as mais longínquas dimensões astrais me inundaram de ti!

Feiticeira!

Brutus (Anjo Azul)
Enviado por Brutus (Anjo Azul) em 27/02/2008
Reeditado em 19/10/2022
Código do texto: T878259
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