A ARMADURA E A CERTEZA

 

 

Pouco, senão uma casca própria e a armadura,

Servirão como fosse a eterna defesa

Enquanto a vida faz-se pela estrutura,

Ou que o corpo alterne-se do leito à mesa,

 

Adaptado à precisão, o ser, a criatura,

Ao derredor foi feita ordem, paz, limpeza,

Posto que o corpo necessita água pura,

E sua figura ver-se-á plena em realeza...

 

Porém ao lado surge lesão, ruptura,

Aparece alguém dotado de destreza,

(É o que se diz,) vem e fere, aponta, apura,

 

E compra, à força, da elegância à beleza,

Da solidez, da alegria, da fé e da cura,

Surge, ante à derrota, a alma absoluta: a certeza.

 

 

 

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 28/02/2008
Reeditado em 29/02/2008
Código do texto: T880275
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