Soneto do Homem Velho

Pelo que venci, brindo

as glórias que me guardam

as forças que me restaram

e assim, alegro-me - vivo!

Sobrevivi à baioneta e à bala

às lanças e aos punhais

mas tempo venceu - ataque fugaz

a velhice, sua eterna arma.

Chega a hora, tão esperada

não escapo... morte anunciada

despeço-me de todas as poesias

Mas não derrameis lágrimas por mim

não tenho medo desse meu fim,

valeu-me viver cada um dos meus dias!

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 29/02/2008
Reeditado em 03/07/2008
Código do texto: T881414
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