Orfeu e Eurídice

Este impiedoso amor que me consome

Nunca irá permitir que ela volte da morte

Na dor implacável de infinda má sorte

No cantar triste que aos poucos me carcome.

Amaldiçoado seja o teu cantar sonoro

Soberbo cantor imerso na maldição

Querendo saciar o apetite do coração

Nos lamentos de amor o soar canoro.

O pranto foi tanto que acabou morto

Pelo ciúme vil das outras mulheres

Nesta rude teia de males a carne feres.

Teu coro soou aos deuses do reino absorto

Por ter que viver sem sua amada imploro

Tragam-me Eurídice de volta em coro.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 03/03/2008
Reeditado em 04/03/2008
Código do texto: T885090