Orfeu e Eurídice
Este impiedoso amor que me consome
Nunca irá permitir que ela volte da morte
Na dor implacável de infinda má sorte
No cantar triste que aos poucos me carcome.
Amaldiçoado seja o teu cantar sonoro
Soberbo cantor imerso na maldição
Querendo saciar o apetite do coração
Nos lamentos de amor o soar canoro.
O pranto foi tanto que acabou morto
Pelo ciúme vil das outras mulheres
Nesta rude teia de males a carne feres.
Teu coro soou aos deuses do reino absorto
Por ter que viver sem sua amada imploro
Tragam-me Eurídice de volta em coro.
DR FLYNN