Soneto de Guerra

O sangue avermelha a terra - morte...

caído, desvalido... viver seria pura sorte.

Quem mata quem está tão perto?

Humanos, irmãos... se matam nesse inferno!

O céu escuro, a fumaça cobre a luz

o desejo do jovem de matar o seduz.

Aparece no olhar o ódio estampado,

e com um som de tiro... mais sangue derramado.

Ah! Triste embate este que me encontro

Nunca vi tamanha ignorância - nem em sonho.

Agora me faço presente, morto sob a terra.

Os tiros soam, as balas cortam o céu negro;

não há tempo para ter felicidade e nem medo...

Tanto faz, estarei sempre morto nesta guerra...