MÁGOA QUE TE MAGOA

Nessa existência bela e deveras intensa

Que marcas imensas estão na lembrança

Com essa cobrança a deixar-te a doença

Da tormenta de uma promessa de vingança?

Que sentiu dos ganhos a si impingidos

Sendo-te movido por vil sentimento?

Envenenamento a ti mesmo ingerido

Pelo admitido, sofrido e hostil pensamento

És, portanto primeiro teu algoz

Calando tua voz que melhor te diria

Pior deixarás teus dias nesse gosto atroz

No que serás feroz, ferirás a própria harmonia

Que na agonia te será sangria logo após

Secando d’alma a foz sadia da mais pura alegria

Jairo Lima
Enviado por Jairo Lima em 06/03/2008
Código do texto: T889935