Das rimas

Morto e imortal poeta! Como sofre

O ator que acha que deve pôr no cofre

Da querida família a rima para

Que se não percam título e cadeira

De rodas pela rua derradeira

De um ver(s)o libertino que não pára

De bater-se em panelas e nas barras

De mármore com elas sem dar pio

Ou suar, a amolar-se neste (f)rio

De cem grilos, que já exportou cigarras.

E antes que este p(r)o(f)eta chegue a bento;

E antes que este po(rr)eta chegue ao fim...

Guarde uma carta-bomba ou testamento,

Há-de ser o soneto um cofre em mim!

a 09-02-07