SOLIPSISMO

Solipsismo.

Ah! Solidão cruel e destrutiva,

Esta que pari passu me acompanha,

E no correr dos dias força ganha

De forma tão voraz e imperativa..

No meu tempo de antanho, quão altiva,

Era minha alma ao encarar o mundo,

Hoje me sinto qual um moribundo

Deglutindo o amargo da saliva.

Talvez queira o destino que eu viva

Balouçando-me em sua teia como aranha

E que o odor funesto e nauseabundo

Da cloaca da mente que ele assanha,

Me transforme em senil meditabundo

Que a contragosto a tudo sobreviva!

Mestre Egídio
Enviado por Mestre Egídio em 17/03/2008
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