Soneto de Guerra do Desespero
Não preciso do que tenho,
Porque tudo já é meu,
Os caminhos de onde venho,
Ninguém nunca percorreu.
Ando por vales sombrios,
que estão repletos de loucura,
Sofro numa batalha longa e dura,
Contra meu coração subitamente morto e frio.
Temo eu esse final trágico,
Por que sei muitas batalhas já perdi,
Por amar sem ter nunca sido amado.
Entre tantas e tantas vezes já morri,
Mas meu pobre coração despedaçado,
Não deixa nunca de palpitar pensando em ti.