Poesia Inválida
Não mais quero este olhar, algo escondido
Disperso em saudade a rimar a passagem
Atraente do umbral, como um pedido
Suspeito de herdar uma não pura imagem.
Outra chance darei para outra linha
Que vingue meu verso caduco e senil,
Alvejado tal qual erva daninha,
Lamento infelizde um poema em vinil.
Esta sina, porém deixo ao mais forte
Guerreiro ou vilão de um enredo sagaz.
E a loucura que rege a fé e a sorte
Caminha serena a rompaer minha paz.
O desejo do ser logo sumiu
Na folha que verbo rasgou por ser vil.