Poeta da Madrugada

Prisioneira da poesia, das madrugadas,

Eterna pensadora das sinuosas curvas ,

Desmancha em tardes quentes , aladas,

Arrombando vidraças, colhendo chuvas.

Cultiva em chamas os clamores da imaginação ,

Sussurros,melodias, castelos de cristal, açúcar,

Criando expectativas suaves que viram ilusão,

Palavras arquitetando , acendendo o coração.

A alma poeta dispersa na pensada pausa ,

Entre vírgulas, no meio da página que não virou,

Atenta ao encontro,estrelas que a lua espera.

O inesperado corrige o tempo,brota o chão ,

Nos pulsos que sonham sorrisos de verão ,

Somem sombras,afirma a sede de emoção!

23/03/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 24/03/2008
Código do texto: T913841