! Inconsolável Poesia !

Versos ingratos , tão cheios de armadilhas ,

Quando surgem sonhos, arrombam cortinas.

Chove , as mãos gritam como afogadas ilhas ,

Sem importar a cor do céu, o rolar das páginas.

Macabros, ingratos, tão cheios de maldades !

Implora o poeta que a lua pare, ela não pára ,

Aos vazios versos ,ocos versos das fatalidades ,

Dizendo adeus as letras mascaradas, sem cara .

Palavras masoquistas enfrentam tempestade.

O próximo momento é o próximo real momento ,

A fúria , o pesadelo despertando nua fragilidade.

A alma açoitada, sangra em vendaval miserável ,

A dor se entrega,os braços anulados , tão cansados .

Derrotada, enterra viva a poesia inconsolável.

24/03/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 25/03/2008
Código do texto: T915379