SONETO (quista senhora).

Que mal realmente não me arde,

Minha senhora, ditosa tua formosura,

Ti camuflas tua face gentil, fartura,

Querer-vos ver-me como covarde,

Que deverdes ser essa vossa arte,

Se maior amor esse que se prega,

Quererdes vós o meu e não renega,

Deleitosa senhora me enlaçar-te,

Que acho meu estado meio incerto,

Que desvirtua meu contentamento,

Tremendo em ardor sossegado,

Que dói espinho da rosa que aperto,

Vendo da n’alma vosso mantimento,

Enquanto verdes meu descontentado,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 26/03/2008
Reeditado em 26/03/2008
Código do texto: T917057
Classificação de conteúdo: seguro