Canção d'Espera

Eu clamarei cantando amores tristemente

Cantando versos assim tão desconcertados

A ti, senhora de segredos delicados,

Como rosa de beleza tão inocente.

O que clamo faz revelar amor doente:

És tão bela que me deixa amedrontado.

E, como tu, ignoro este verso cantado

Que deixarei os ventos levarem docemente...

Oh, senhora! De teu sorrir surgiu meu pranto

Ao ver tua indiferença pairando sobre mim

Calo-me em um obediente sofrimento.

Em sigilo, já estimo-te por cinco anos.

Em minha memória está tua lembrança no fim.

Alegro-me cantando p'ra meu pensamento.

(CaosCidade Maravilhosa, 05 de abril de 2003.)