FRIEZA

Eduardo Andrade (Duda)

FS, 04/01/2002

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Protocolo nº 1220 – Recibo nº 528.8

O silêncio dita a madrugada fria.

Ao sereno dela que nela, às vezes, adormeço.

Nela descrevo o silêncio não como euforia;

se solitário, então, com ela enlouqueço.

As ruas pelo silêncio, vazia.

Ando por elas e não as reconheço

e eu por elas tanto andava como corria;

de novo as descrevo, agora sem alvoroço.

Pelo frio atrevido da madrugada, gemia.

Por ele não tenho qualquer apreço

mesmo estando precavido, sempre dizia

que feliz fico quando amanheço.

Na frieza quando não dava para ficar eu ia.

E se lá não fosse, eu dela me escondia...

Como se eu fosse para ela um sublime adereço.

No sacudir das plantas é que eu a pressentia

e com o arrepio do corpo é que mais a sentia...

Temo pelo novo anoitecer, como sendo um recomeço.

CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA ANDRADE
Enviado por CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA ANDRADE em 28/03/2008
Reeditado em 04/06/2012
Código do texto: T920213
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