PRIMEIRO AMOR

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Primeiro amor de minha juventude.
Hoje bem sei que uma ilusão não dura:
manter aceso o teu ardor não pude!

Fugiu-me o tempo alegre, de ventura,
de imensa paz, quiçá de plenitude,
porque nem sempre o nosso bem perdura.
Quem dera ter um anjo que me ajude.

Em meio à dor que a tua ausência espalha,
vou caminhando exausto pela terra,
sem ver a vala que me é destinada.

Nesse querer rever-te, oh! Minha amada,
nas mãos do algoz, nessa prisão que ferra,
perde-se a vida, ganha-se a batalha.


Versos em negrito: Desafio de Machado de Assis (Dom Casmurro)