Galante devaneio

Simples adorno de uma paisagem obscura,

se lhe basta um desejo, você é quem sabe.

Não estou longe de me tornar imparcial

apesar de reconhecer não estar perto da morte.

Pude dizer, ser, reconhecer seu corpo.

O erro vulgar de achar-se autosuficiente

castiga meu ego e me afasta do seu amor.

Como pude ser tão louco e cego?

Minha sinceridade denuncia minha omissão.

Fui alcançar campos distantes e belos

apesar de longe dos seus lábios.

Rematerializar minha culpa e deixar passar...

não há esperança para os desiludidos

não há luz para um coração arrependido.

Enrico Vizzini
Enviado por Enrico Vizzini em 02/04/2008
Código do texto: T927970