Galante devaneio
Simples adorno de uma paisagem obscura,
se lhe basta um desejo, você é quem sabe.
Não estou longe de me tornar imparcial
apesar de reconhecer não estar perto da morte.
Pude dizer, ser, reconhecer seu corpo.
O erro vulgar de achar-se autosuficiente
castiga meu ego e me afasta do seu amor.
Como pude ser tão louco e cego?
Minha sinceridade denuncia minha omissão.
Fui alcançar campos distantes e belos
apesar de longe dos seus lábios.
Rematerializar minha culpa e deixar passar...
não há esperança para os desiludidos
não há luz para um coração arrependido.