Pela manhã, antes de ir à escola, os garotos se reuniam
Para brincar na rua em que moravam, eram todos amigos.
E lá vinha ela a querer participar, parte deles se oporiam:
Uma menina atrevia unir-se aos homens, e os perigos ?

Sempre convencia; corda pulava melhor que qualquer um,
Na "pelada", primeira a ser escolhida, para jogar na linha,
Deixava esparramado no chão, o menino de forma incomum
Que tentasse tirar-lhe a bola,convencida dizia esta é minha.

Observada varonil pelas meninas, subia nas arvores, colhia
Frutos, saboreava-os alí mesmo, andava sobre os muros,
Ninguem acreditava que pudesse se casar, ter companhia.
Filhos como seriam, tornou-se esbelta, estilos transfiguros.

Une-se em matrimônio com o mais belo e culto dos rapazes.
Vestida de noiva parecia uma princesa, sorriso largo, lábios
Sedutores, queimada do sol, simpática conduzia o "buques".

A alegria era geral, todos da infância saúdam lépidos bravios.
O tempo passa ela tem três filhos, o mais velho adoece mal,
Aflição geral, não há tratamento inicial no Brasil, a destemida

Enfrenta duras adversidades, ultrapassa barreiras, sem igual.
Na Alemanhã houve evolução de cura,segue o marido para lá.
Um, dois anos, escreve, vou voltar, não suporto mais a atual

Situação: vivo sozinho de casa para o hospital, que me abala;
Ela se opõe, ARRANJE UMA MULHER AÍ,só volte ao curar o mal.
TRAGA MEU FILHO BOM, seja homem, saudade se arregala.



Uma homenagem a "ZEZÉ", que "diblou"
A PARALISIA INFANTIL.

SMELLO = Alberto Frederico,
smello
Enviado por smello em 03/04/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T929050
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