Saia
No instante em que o vejo em desatino,
Qual menino sem rumo, pela casa,
Fica em brasa o gracejo; sou um sino
Feminino e assumo a dor que vaza.
Mas se atrasa de leve o seu chegar,
Vai-se o ar e sufoco a minha espera.
E qual fera que atreve até sangrar,
Vou rezar pelo oco que o libera.
Se, na esfera da cama fizer pose,
Vem, desposa-me mais uma outra vez,
Sem talvez, esparrama ao canto doze
Depois cose os jornais em minha tez.
Vem, vasculha o segredo e não saia
Desta saia, pois sou da mesma laia.
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Meus primeiros passos em "Cançao de amigo", Voz lírica feminina.