Um Cais, Um Soneto
Embriagado no doce perfume da tua pele
Meu barco de lembranças navega em meio à tempestade.
Fragmentos perdidos na saudade
Que toma as linhas de minha tarde fria.
Meu verso, minha fome
De soletrar teu eu.
Minha noite muda é tua, é nua
Sou metade lua.
Teu sorriso no amanhecer
Meus cabelos no transparecer
E nessa noite eu chorei você.
Tardo em almejar esse porto seguro,
Esse mero barco de lembranças
Que construí para lhe navegar.
Março de 2007