Ana Néri

Eis que surge no campo de batalha,
em meio ao caos da disputa cruenta,
a mulher cujo nome a história entalha:
a Ana fada que à vida amamenta.

A mãe que veste o filho com mortalha,
e pinta a própria alma de magenta,
assume ser a deusa da gentalha
que perde a liberdade, e não lamenta.

De glória te cobriu o Imperador,
por atos de entrega e de coragem,
foi grande a tua perda e a tua dor;

Mas certa do destino e com voragem,
doaste, pela vida, o teu amor:
“Ó digna pioneira da Enfermagem!”