VOU PELA ESPERANÇA
Recuso o desespero. Aquela luz
que outrora refulgiu na Judeia,
remota, embora, ainda bruxuleia,
ainda atrai, ainda me seduz.
Vou pela esperança. Aquela que Jesus
deixou expressa nesta grande ideia:
germina apenas o que se semeia.
A morte é limiar que introduz
numa outra vida a vida que findou.
É um portal no tempo e no espaço,
por onde passa quem por cá passou,
rumo a novos destinos, novos mundos.
É um abrir-se, a este tempo escasso,
horizontes mais amplos, mais profundos.