FORMOSA QUAL UMA FLOR-DE-AMOR
Formosa qual uma flor-de-amor,
Alva, da cor da roupa dela,
Se bem, olhando bem, ela é mais bela,
Do que todo o jardim, que a própria flor.
Seu corpo, seu rosto, que ar de primor,
Os seus braços, tudo é branco nela,
Tudo dela é branco, o branco é ela,
Que o seu sorriso deve ter a mesma cor.
Mas um dia há de sorrir, se não pra mim,
Que seja pro sol, prum lindo dia, enfim,
Que ela esteja feliz. Rara beleza,
E que eu possa ver o seu cabelo esparso,
Rutilante ao sol, meio ao mormaço,
E os seus olhos isentos de tristeza.